Alunos da disciplina Psicologia
Geral e Jurídica, ministrada na Faculdade de Direito da UFC realizarão o
julgamento simulado do Caso do Monstro
de Guaianases, na próxima segunda-feira (4 de fevereiro), às 9h, no
Anfiteatro Prof. Willis Santiago Guerra Filho, da Faculdade de Direito, situada
à Rua Meton de Alencar, s/n.
Os interessados em participar da
atividade, seja como ouvintes ou jurados, poderão inscrever-se no próprio
local, com os organizadores do evento. As inscrições são gratuitas e abertas a
qualquer interessado, seja ou não estudante da UFC.
O caso a ser julgado envolve a
discussão sobre a sanidade mental e, consequentemente, a imputabilidade ou
inimputabilidade de Benedito Moreira de Carvalho, um serial killer que apavorou o país na década de cinquenta. O réu,
nascido em Tambaú, atacou de 1950 a 1953. Era casado, mas não podia fazer sexo
com sua mulher por seus vários problemas de saúde. Tinha um impulso sexual
incontrolável, chegando a atacar 5 pessoas num só dia, sem ainda se sentir
saciado. Gostava de meninas, principalmente japonesas. Anotava todos os crimes
num caderninho. Estava sempre de terno e chapéu e com uma pasta na mão, que
continha uma corda com uma laçada. Entre estupros e tentativas de violência
sexual cometeu 29 crimes na Grande São Paulo. Dez de suas vítimas acabaram
mortas. O "Monstro de Guaianazes" pedia a elas que fizessem sexo com
ele. Ao ouvir a recusa, arrastava-as para locais ermos e cometia os crimes. Quando
despia as vítimas meninas, as cobria com as peças de seu vestuário, quando
mulheres, as deixava completamente nuas e descobertas. Segundo o histórico do
caso real, Benedito foi preso em 1952 e morreu na prisão de infarto, em 1976.
Os alunos foram orientados a
atualizar o caso com datas recentes, a fim evitar alegação de prescrição,
supondo ainda que o réu ainda permanecesse vivo. A atividade será desenvolvida com a co-orientação de
professores da área penal (Prof. Daniel Maia e Prof. Raul Nepomuceno) e a
supervisão direta do professor Flávio Gonçalves e do estudante do S2 Fleury
Neto, o qual já atuou com brilhantismo no julgamento simulado do Caso Pierre
Rivière.
Os autos do processo simulados
foram montados ao longo do semestre para proceder o julgamento com o maior grau
de realismo possível.
Os participantes assinarão lista
de presenças no local e poderão fazer jus a declaração da carga horária do
evento, válida como atividade complementar.
Mais Informações: Prof. Flávio Gonçalves / (85) 9634-9457
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