sexta-feira, 21 de abril de 2017

EX-INTEGRANTE DO G-TEIA HOJE ATUA COMO ASSISTENTE DE PESQUISA NA ALEMANHA E RELATA COMO O GRUPO CONTRIBUIU PARA SUA FORMAÇÃO

Texto de Edvaldo Moita (ex-integrante do G-Teia)
Passando todas as agruras que, eventualmente, cada um passa na vida, estava eu ao final da faculdade preocupado com os rumos profissionais que deveria tomar. Como no imaginário social reside uma pressão – compreensível até – para que o estudante de direito tente um concurso público, deparei-me com um dos maiores dilemas que tinha na minha vida: estudar para um concurso ou seguir a vida acadêmica.
Reunião ordinária do G-Teia, com uma exposição do Prof. Flávio 
sobre a obra "O Princípio Responsabilidade" de Hans Jonas

Procurei colher algumas opiniões e ponderar as consequências da escolha que estava por tomar. Uma opinião particular de um amigo que muito admiro, dada, por coincidência, na fila de um banco, foi o divisor de águas: "Faça aquilo que você já vem fazendo melhor!". As dúvidas foram imediatamente sanadas. Ao final da graduação, eu já estava totalmente mergulhado na vida acadêmica. Terminava minha quinta monitoria na faculdade, quarta no curso de direito. Estava ao fim do meu mandato de Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Acadêmico Agerson Tabosa. Participava ativamente do Grupo Transdisciplinar de Estudos Interinstitucionais (G-TEIA), primeiro grupo de pesquisa que integrei e que foi fundamental para que eu experimentasse de fato o que é estudar um campo de maneira séria, colaborativa e duradoura. Já estava terminando o curso de Alemão, língua que me interessava estrategicamente para pesquisa. Artigos, congressos, publicações eram palavras recorrentes no meu dia-a-dia.
E assim, ainda no último ano da faculdade, fui aprovado no Mestrado em Direito da UFC. Escolha esta que marcou, profundamente, toda a minha vida. Não só pela realização pessoal, mas também pelos inúmeros novos caminhos profissionais que ela me possibilitou. Defendi minha dissertação em uma sexta-feira - na segunda posterior, iniciei a docência (algo que já fazia em cursos de extensão e de curta duração) na faculdade onde havia me graduado, Centro Universitário 7 de Setembro. Tão pouco tempo e tanta realização que não cabe descrever qual é a sensação. É indescritível!
Participando como examinador da banca de monografia do aluno Davi Pirajá, no centro,
ao lado dos Profs. Pablo Holmes e Marcelo Neves na UnB

Pouco mais de um ano, decidi tentar o passo natural seguinte: o doutorado. Tensão, medo, agonia, ansiedade são palavras que lhe acompanham diariamente quando você persegue algo grande. Nos últimos dois anos, fui recebendo as grandes notícias. A sensação: novas escolhas que iriam marcar, de novo, profundamente a minha vida! E como marcaram... No finalzinho de 2015, fui aprovado para o curso de Doutorado em Direito, com ênfase em Ordem Jurídica Constitucional, na Universidade Federal do Ceará - UFC e para o curso de Doutorado em Direito, com ênfase em Direito, Estado e Constituição, na UnB - Universidade de Brasília. No comecinho de 2017, para um doutorado em Sociologia com uma posição de assistente de pesquisa na Universidade de Bielefeld.
Tensão, medo, agonia, ansiedade são palavras constantes para aqueles que se esforçam, que traçam objetivos ousados, que querem fazer alguma diferença por onde passam. Uma dica? Escolha fazer o que você faz melhor e tenha um pouquinho de fé. You will do just fine!



Edvaldo Moita
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Advogado - OAB/CE 25.581 | Lawyer
Mestre em Direito pela Universidade Federal do Ceará - UFC | Master of Laws
Doutorando em Direito pela Universidade de Brasília - UnB | PhD Candidate in Law
Doutorando em Sociologia pela Universität Bielefeld | PhD Candidate in Sociology

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